Segundo o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola – instituição da ONU que reúne entre hoje e sexta-feira em Milão – existem cerca de 250 milhões de emigrantes um pouco por todo o mundo, responsáveis por perto de 400 mil milhões de euros em remessas enviadas aos seus países de origem no ano passado.
Esse apoio familiar, na maioria dos casos repartido em pequenas remessas de 200 a 300 euros várias vezes por ano, segundo o IFAD (sigla original) permite a melhoria das condições de vida para cerca de 750 milhões de pessoas. “As remessas são cruciais para as famílias”, lembra o IFAD, “frequentemente representam mais de metade dos rendimentos de uma família, ajudando a suprir necessidades como comida, alojamento, saúde ou educação”.
O IFAD destaca que o valor global de 400 mil milhões de euros é três vezes superior à ajuda financeira dos principais países para o crescimento nos países em desenvolvimento, e está muitas vezes acima do investimento directo estrangeiro nesses mesmos países.
A instituição revela que cerca de 100 mil milhões de euros saíram dos principais países do Velho Continente e a Rússia, com destaque para este último (18 mil milhões de euros) seguido de Reino Unido (15 mil milhões), Alemanha (12,5 mil milhões), França (9,4 mil milhões), Itália (9,3 mil mlhões) e Espanha (8,6 mil milhões).
Quanto ao destino, um terço do valor total europeu (32,5 mil milhões de euros) seguiu para os Balcãs e Europa de leste, incluindo 10 países da União Europeia. Os restantes dois terços, cerca de 65 mil milhões de euros, foram enviados pelos emigrantes para 50 países espalhados por outros continentes.