Tudo começou por altura do Natal do ano passado, quando Tom despediu Renee e os netos Rita e Ryan dos seus cargos nas empresas da família, incluído as equipas profissionais New Orleans Saints da NFL e New Orleans Pelicans da NBA. Outros negócios de Benson incluem concessionários de automóveis e permitiram ao empresário acumular uma fortuna que ronda os 1,5 mil milhões de euros. Em Portugal, seria o terceiro homem mais rico do país, atrás de Américo Amorim e Alexandre Soares dos Santos.
Tom Benson colocou a sua terceira mulher, Gayle, na linha de sucessão para ficar com os negócios, incluindo os clubes de futebol americano e basquetebol que a filha gere há vários anos, o que acabou por gerar maior controvérsia na família.
Renee, Rita e Ryan iniciaram um processo judicial em Janeiro e tentaram provar em tribunal que o empresário tinha perdido as suas capacidades mentais ao tomar a decisão de os despedir e afastar da empresa. Acusavam também Gayle, com quem ele casou em 2004, de o estar manipular nesse sentido, destacando a dieta pouco saudável que a mulher estará a forçar para a alimentação de Tom.
Um tribunal de Nova Orleães, onde Tom Benson nasceu em 1927 e ainda reside, decidiu esta quinta-feira que o patriarca, apesar da idade avançada e de algumas dificuldades de locomoção, ainda está capaz de gerir os negócios. A decisão foi tomada depois de vários dias de audições com os envolvidos e especialistas médicos, iniciadas no dia 1 de Junho.
Empresário, mas também um grande filantropo, Tom Benson doou dezenas de milhões de euros doados a instituições e fundações, muitas delas ligadas a investigação médica, educação e à Igreja Católica. O Papa Bento XVI até lhe concedeu a ele e à mulher Gayle uma das maiores honras papais, a medalha Pro Eclesia et Pontifice, por serviços prestados à Igreja Católica.