O evento tem lugar em Yulin na província de Guangxi, começou no domingo e acaba nesta segunda-feira como forma de celebração do solstício.
Os habitantes e vendedores de cães naquela região dizem que os animais são abatidos com o mínimo de sofrimento, mas vídeos e imagens divulgadas nas redes sociais mostram o contrário. Os activistas falam em crueldade e quase quatro milhões de pessoas subscreveram o apelo para que o evento fosse cancelado. Entre estas estão várias celebridades chinesas e de outras nacionalidades.
A tradição de comer carne de cão existe há quatro ou cinco séculos na China, Coreia do Sul e outros países e existe a crença de que afasta o calor dos meses de Verão. No entanto, este festival só começou há poucos anos e a autarquia daquela província diz não estar envolvida na organização.
Uma professora reformada chinesa saltou para as redes sociais depois de ter resgatado cerca de 100 cães, tendo gasto mil euros para os comprar até à véspera do festival.
O evento transformou-se num embaraço político, já que a autarquia tem de gerir, por um lado, o orgulho no consumo de carne de cão por parte dos seus habitantes e, por outro, a imagem negativa que corre mundo nos meios de comunicação social estrangeiros. Além disso, a indústria da carne de cão tem sido várias vezes acusada de práticas ilegais, como o roubo de animais de estimação.
As autoridades estão também atentas a eventuais distúrbios, já que os movimentos dos direitos dos animais locais se conseguem organizar hoje com mais sofisticação e rapidez, graças às redes sociais.