Maamoun Abdulkarim referiu que os 'jihadistas' fizeram explodir os túmulos de Mohammed bin Ali, um descendente de um primo do profeta Maomé, e de Nizar Abu Bahaaeddine, uma figura religiosa oriunda de Palmira.
As explosões ocorreram há três dias, segundo o responsável.
O túmulo de Mohammed bin Ali está localizado numa zona montanhosa a cerca de quatro quilómetros a norte de Palmira (centro da Síria).
Já o túmulo de Abu Bahaaeddine está localizado numa zona com vegetação a cerca de 500 metros das antigas ruínas de Palmira. Este mausoléu, segundo o diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria, terá sido edificado há mais de cinco séculos.
O responsável sírio referiu que os combatentes do EI destruíram pelo menos 50 mausoléus históricos nas regiões que controlam no norte e no leste da Síria.
"Consideram que estes mausoléus islâmicos são contra as suas crenças e proibiram as visitas a estes locais", disse Abulkarim.
Há cerca de 10 dias, os combatentes 'jihadistas' também destruíram vários túmulos num cemitério de residentes de Palmira, segundo acrescentou o mesmo responsável.
"Todos os túmulos em mármore foram destruídos. Para eles, as sepulturas não podem estar visíveis", afirmou Abulkarim.
O grupo extremista assumiu o controlo de Palmira, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Património Mundial da Humanidade em 1980, em maio último.
Desde então, os receios de uma eventual destruição deste local emblemático têm vindo a aumentar, uma vez que os combatentes extremistas já destruíram diversos tesouros históricos, nomeadamente no Iraque.
Situada a cerca de 210 quilómetros a nordeste da capital síria de Damasco, a "pérola do deserto", como é apelidada esta cidade com mais de 2.000 anos, tem uma grande importância estratégica para o grupo radical.
Lusa/SOL