Ministro exclui hipótese de aumento de impostos para financiar saúde

O ministro da Saúde excluiu hoje a hipótese de um aumento de impostos para financiar a saúde, avisando contudo que nos próximos anos haverá um crescimento de custos nalgumas áreas e que é preciso discutir as formas de financiamento.

"Não está previsto no programa da maioria, e pelo que percebemos também não está no da oposição, haver um aumento da carga fiscal para financiar a saúde. Não está nem naquilo que está publicado nem nas intenções e, portanto, nesse sentido excluímos (a possibilidade de aumento de impostos", afirmou hoje Paulo Macedo aos jornalistas no final de uma conferência em Lisboa.

Na terça-feira o ministro da Saúde tinha já avisado que os custos do Serviço Nacional de Saúde vão aumentar, considerando que deve ser discutida a sua forma de financiamento, afirmações que foram interpretadas como uma admissão da hipótese de aumento de impostos.

Instado hoje pelos jornalistas a clarificar esta questão, Paulo Macedo excluiu a hipótese de aumento da carga fiscal.

"O que é totalmente certo, e nem é uma novidade, é que todos os estudos indicam que várias áreas da saúde vão aumentar de custos. É preciso discutir como vão discutir como vai ser feito esse financiamento de custos em certas áreas da saúde", declarou.

O ministro lembrou que nos últimos quatro anos tem sido aplicada uma política de contenção: "não houve qualquer aumento de impostos motivado pela saúde no sentido em que a despesa da saúde foi contida".

Lusa/SOL