Atentado em França: Um corpo decapitado, explosões e uma bandeira islâmica

Um homem envergando uma bandeira islâmica atacou esta sexta-feira uma fábrica de produtos químicos em Saint-Quentin-Fallavier, a 35 quilómetros de Lyon, em França, causando pelo menos um morto e vários feridos, avança a agência France Presse.

O Le Monde dá ainda conta da ocorrência de várias explosões na instalação industrial, seguida de um incêndio, depois de um carro com dois suspeitos ter entrado na fábrica da "Air Products", em Saint-Quentin-Fallavier, Isères. 

Um dos atacantes, vestido de preto, alegando pertencer ao Daesh (Estado Islâmico), terá accionado pequenos engenhos explosivos junto aos cilindros de gás, despoletando as explosões, informa o jornal local Le Dauphiné Libéré.

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A mesma publicação revela também que as autoridades encontraram um corpo decapitado no local e posteriormente a cabeça da vítima, ainda por identificar, coberta de inscrições árabes, presa aos portões do recinto. "Uma cena macabra", garantiu ao Le Monde uma fonte policial próxima da investigação.

"O corpo decapitado de uma pessoa foi encontrado nas imediações da fábrica, mas ainda não sabemos se o corpo foi transportado, ou não, para o local", acrescentou a mesma fonte, revelando: "No local foi encontrada uma bandeira com inscrições em árabe".

Um dos terroristas, na casa dos 30 anos, já terá sido detido pela polícia francesa, mas recusou identificar-se. O Le Dauphiné Libéré garante tratar-se de um 'velho conhecido' dos serviços anti-terrorismo franceses, que estava sinalizado pelas autoridades. As últimas informações dão ainda conta que o segundo suspeito poderá estar entre os feridos, embora a 'caça ao homem' se mantenha activa.

A segurança na zona foi reforçada e várias escolas deixaram os alunos irem para casa. 

O ministro do Interior Bernard Cazeneuve deslocou-se para o local do atentado e o primeiro-ministro, Manuel Valls, ordenou uma "vigilância reforçada" nos arredores da Air Products. Já o Presidente François Hollande partiu de Bruxelas, onde participava no Conselho Europeu, para reunir o Conselho de Defesa.

O Ministério Público francês também já reagiu em comunicado:

 

hugo.alegre@sol.pt

[Em actualização]