Contudo, a esperança de poder intervir para evitar o colapso do sistema bancário e da economia grega é mínima, escreve a agência francesa France Presse.
Por trás do pânico bancário, esconde-se o risco de não-pagamento da Grécia aos credores e uma catástrofe humanitária e social do país e a sua saída do euro prece "quase inevitável" nesta fase, disse hoje o ministro das Finanças austríaco, Hans-Jörg Schelling.
Na véspera, os seus homólogos alemão, Wolfgang Schäuble, e francês Michel Sapin, foram mais tranquilizadores, assegurando que a Grécia continuava a ser um membro da zona euro.
Wolfgang Schäuble prometeu que a zona euro vai "fazer tudo para evitar qualquer risco de contágio" da crise grega e Michel Sapin afirmou que o destino da Grécia é ficar na zona euro, de onde "nenhum país membro desejou que saísse".
Os 25 membros do Conselho de Governadores do BCE, que hoje se reúnem, vão provavelmente fechar a torneira do financiamento aos bancos gregos, porque não estão reunidas as condições depois de o Eurogrupo ter decidido no sábado, depois de cinco meses de negociações infrutíferas, deixar expirar o prazo de resgate da Grécia na terça-feira, refere a AFP.
Assim, "não há nenhuma razão para dar dinheiro", afirmou na noite de sábado uma fonte próxima das negociações, acrescentando que o BCE vai suspender a linha de emergência de liquidez [que tem financiado os bancos gregos] amanhã, é claro".
O Eurogrupo recusou, no sábado, conceder mais dias à Grécia para realizar um referendo a 05 de julho, para que o povo grego diga se aceita ou não as condições dos credores internacionais para um acordo com Atenas.
Lusa/SOL