Gays da América Latina exigem direitos iguais

Manifestantes na América Latina, incluindo no Chile e México, pediram mais direitos para os homossexuais, com muitos a celebrarem a decisão do Supremo Tribunal norte-americano, que decretou o casamento homossexual como um direito em todos os estados nos EUA.

O Chile aprovou em janeiro uma lei que permite aos casais do mesmo sexo realizarem uniões civis, mas para muitos cidadãos daquele país o casamento legal continua a ser um símbolo da igualdade de direitos a atingir. 

No sábado, cerca de 50 mil manifestantes saíram à rua em Santiago do Chile com bandeiras e cartazes com as cores do arco-íris, e apelaram à criação de um Ministério da Diversidade no país, descrito como conservador e maioritariamente católico. 

Os ativistas também reivindicaram a simplificação do processo de transição para os transexuais. No Chile, quem se submete a uma mudança de sexo tem de investir bastante num complexo processo legal que demora dois anos.

O Supremo Tribunal dos EUA decretou na sexta-feira que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal em todos os 50 estados. O Presidente norte-americano Barack Obama saudou a decisão como uma "vitória para a América". 

No Peru, onde milhares de ativistas pelos direitos dos homossexuais também marcharam, o cardeal católico Juan Luis Cipriani referiu a decisão tomada nos EUA como "trágica".

No México, cerca de 5.000 manifestantes pediram direitos iguais para 'gays' e lésbicas. Até este mês, apenas a Cidade do México e dois de 31 estados garantiam oficialmente os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. 

Mas uma decisão do tribunal, de 03 de junho, diz que é inconstitucional nos estados mexicanos banir os casamentos entre pessoas do mesmo sexo — abrindo portas à legalização de facto do casamento para 'gays' e lésbicas. 

Em maio, a Irlanda foi o primeiro país em todo o mundo a votar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em referendo. 

Lusa/SOL