Maçonaria feminina contra mudanças na lei do aborto

As mulheres da maçonaria feminina escreveram aos grupos parlamentares e à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a condenar a tentativa de mudança da lei do aborto, promovida pelo movimento de cidadãos ‘Pelo Direito a Nascer’, cujas propostas de alteração da actual legislação serão analisadas esta sexta-feira num debate na Assembleia da República.  

No documento que enviaram aos deputados, a que o SOL teve acesso, as maçonas da Grande Loja Feminina de Portugal dizem 'subscrever a Posição da Associação para o Planeamento da Família' que já anunciou a sua oposição a qualquer mudança na legislação por considerar que irá criar obstáculos às mulheres que optem por uma interriupção voluntária da gravudez. E lembram que a 'Lei 16/2007, resultado de uma longa luta travada pelas mulheres na defesa dos seus Direitos, foi aprovada a 17 de Abril, trouxe a possibilidade de acabar com o aborto clandestino e inseguro em Portugal'.

Nesta tomada de posição, a Grande Loja Feminina de Portugal, que em regra costuma manter-se discreta, alerta ainda que a alteração proposta pelo movimento 'põe em risco a manutenção da Lei 16/2007, vai ao arrepio das recomendações da Organização Mundial de Saúde e em especial, dos Direitos da Mulher'.

catarina.guerreiro@sol.pt