A segunda vez de Rui Costa como chefe-de-fila

Mais montanha, menos quilómetros em contra-relógios e o regresso das bonificações são as novidades da 102.ª edição da Volta a França, a segunda com Rui Costa no papel de chefe-de-fila da Lampre.

O ciclista português inicia hoje em Utrecht, na Holanda, a sétima presença na competição mais importante do ciclismo e pelo segundo ano consecutivo a aposta passa por terminar num lugar entre os dez primeiros, depois de uma broncopneumonia o ter obrigado a desistir em 2014.

“Espero que este ano as coisas corram melhor, sejam diferentes e possa mostrar até onde posso chegar”, afirmou Rui Costa, após se ter sagrado campeão nacional de estrada, no passado fim-de-semana. O ciclista que este ano terminou na terceira posição o Dauphiné Libéré – uma das provas que servem de barómetro para o Tour, a par da Volta à Suíça – confirmou que vai “lutar pela geral”.

Ao longo dos 23 dias da Volta a França, que incluem dois de descanso, os ciclistas vão encontrar sete etapas de média e alta montanha e apenas 42 quilómetros disputados em contra-relógio, dos quais 28 serão em equipa, à nona etapa. O prólogo de hoje em Utrecht, com 13,8 quilómetros, será a única ocasião em que os ciclistas vão pedalar sem ninguém por perto.

Entre as etapas de montanha, destaque para o regresso da mítica subida ao Alpe d'Huez, depois do sistema de rotatividade a ter deixado de fora na edição do ano passado.

Outra nota importante é o regresso das bonificações, abolidas desde 2008. Os três primeiros a cortar a meta nas etapas planas recebem um bónus de 10, 6 e 4 segundos na classificação geral.

Contador, Froome, Nibali e Quintana para a vitória

Na linha da frente para vencer esta edição do Tour de França estão os homens que dominam as montanhas. Não sendo um trepador nato, Chris Froome (Sky) já mostrou a sua força em terrenos empinados e a vitória no recente Dauphiné Libéré indica que vai surgir em boa forma para tentar repetir a conquista da Volta a França, algo que conseguiu em 2013. “É um Tour para trepadores e assim vou ter de trabalhar mais duro na montanha e menos no contra-relógio”, comentou o britânico.

 Nairo Quintana (Movistar), Vincenzo Nibali (Astana), vencedor da última edição, e Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), que este ano já venceu a Volta a Itália, estão radiantes com o traçado, que vai ao encontro das suas principais características: os três são especialistas na alta montanha.