Luís Montenegro – Líder parlamentar do PSD
Quem acredita, como eu acredito, no projecto político, económico e social da Europa e da União Monetária, não pode desejar ou apoiar uma vitória do ‘não’.
Uma eventual vitória do ‘não’ implicaria mais problemas e incerteza para os gregos e perturbações expectáveis para os restantes países. Felizmente, Portugal está hoje preparado, do ponto de vista financeiro, para fazer face aos efeitos negativos que daí adviriam, mas haveria impactos indesejáveis. Por todas as razões, é importante o ‘sim’, que a Grécia dê uma resposta clara de que a Europa é a sua casa e o euro é a sua moeda.
Nuno Magalhães – Líder parlamentar do CDS
Votaria ‘sim’ porque é importante estar no euro e na União Europeia. Perante a irresponsabilidade do Governo grego, optaria pela responsabilidade. O referendo não é bom para a Europa, não é bom para a Zona Euro e não é bom para os gregos. Não se percebe para quem é bom e para que é que serve.
Ferro Rodrigues – Líder parlamentar do PS
É absurdo e paternalista cidadãos não gregos dizerem como votariam. Não é o primeiro referendo nacional com consequências europeias. Esperemos que se realize sem condicionamentos da troika ou do Governo.
João Oliveira – Líder parlamentar do PCP
Nenhuma resposta que possa dar reflecte a complexidade do que está em causa. Aquilo que é decisivo não é o referendo, mas o seu resultado. Aquilo que é decisivo neste processo político é a resistência do povo grego às exigências da Europa, tal como em Portugal aquilo que é decisivo para o nosso futuro é a luta que o povo trava contra a política de direita.
Catarina Martins – Coordenadora do BE
Votaria ‘não’. O referendo tem já um impacto positivo que é colocar a escolha das pessoas no centro político, na Europa. O segundo impacto é colocar a reestruturação da dívida no centro do debate. Há meses, o discurso mais comum era que os gregos deviam pagar as dívidas, mas agora há uma noção clara de que as políticas de austeridade serviram para resgatar o sistema financeiro. Este é o primeiro passo para uma solução na Europa que proteja as pessoas.
Ana Drago – Dirigente do Livre/Tempo de Avançar
Votaria ‘não’. A Grécia não precisa de mais austeridade e de mais miséria. Esta situação na Grécia agrava a sensação de desconfiança, de mal-estar e de incapacidade das instituições europeias em resolverem o problema. Esta tentativa de que a bala rebente na cabeça do Syriza arrasta consigo o projecto europeu. E é uma irresponsabilidade total dizer que estamos preparados para uma situação de turbulência nos mercados. Não estamos.