Maria Barroso. BE lamenta morte de mulher ‘apegada à liberdade’

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, lamentou hoje a morte de Maria Barroso, que caracterizou como uma “mulher muito determinada” e apegada à “liberdade e dignidade humana”.

Em declarações à agência Lusa, a deputada bloquista destacou Maria Barroso como uma "mulher com um percurso singular de luta antifascista e que ao longo da sua vida manteve uma determinação, uma atividade e um apego às razões da liberdade e da dignidade humana".

A morte da mulher do ex-Presidente da República Mário Soares "é uma perda para o país", acrescentou Catarina Martins, referindo que os seus pensamentos são "para com a família e amigos, que estão num momento de dor e de perda".  

Maria Barroso estava internada num hospital de Lisboa desde 26 de junho passado devido a uma queda, foi-lhe depois diagnosticado um derrame intracraniano e entrou em coma no mesmo dia. 

Casou com Mário Soares em 1949, de quem tem dois filhos, João e Isabel. 

Maria Barroso foi atriz e uma das fundadoras, em 1973, do Partido Socialista, liderado por Mário Soares.

Um dos seus últimos cargos públicos foi a presidência da Cruz Vermelha Portuguesa, tendo também dirigido a associação Pro Dignitate, que ajudou a fundar. 

Diplomou-se em Arte Dramática na escola de Teatro do Conservatório Nacional e licenciou-se depois em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras de Lisboa, onde conheceu Soares.

O corpo de Maria Barroso Soares estará em câmara ardente no Colégio Moderno, em Lisboa, a partir das 18:00 de hoje, realizando-se o funeral na quarta-feira para o Cemitério dos Prazeres, anunciou a família.

Lusa/SOL