Portas diz que é maioria quem garante que vai haver ‘vida além do défice’

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou hoje que é a maioria e não a oposição que transporta a legitimidade de mudança de uma próxima legislatura com “vida para além do défice” e que o estado social sairá reforçado.

"Alguém que muito estimo disse um dia 'há mais vida para além do défice'. Verdade. Com o défice controlado, os primeiros sinais já aí estão, o pressentimento que estamos a melhorar já aí é evidente e a próxima legislatura vai demonstrá-lo cabalmente. Olhemos com confiança os dias que estão à nossa frente", afirmou Paulo Portas, citando Jorge Sampaio.

No discurso de encerramento do debate do "Estado da Nação", no parlamento, na última vez em que se dirige à câmara nesta legislatura, o vice-primeiro-ministro citou o antigo Presidente da República portuguesa, mas também o autor de "O Capital" e coautor do Manifesto Comunista, Karl Marx, na sua célebre citação sobre a repetição da história, primeiro como tragédia e depois como farsa.

"O próprio estado social, livre do seu maior inimigo, que é o estado falido, não poderá senão sair reforçado. A próxima legislatura, aliás, será social ou não será. Os resultados que os portugueses conseguiram nesta legislatura dão-lhes esse direito, a essa mudança de horizonte no país e nas suas expectativas de vida", defendeu.

Portas considerou que, "neste sentido, é a maioria que transporta a legitimidade desta mudança, pela garantia de realismo que pode oferecer e porque a solidariedade nunca foi monopólio da esquerda.

"O maior partido da oposição não é mudança é apenas o risco de um regresso e isso transporta-nos para um passado que não é aconselhável revisitar", disse.

Lusa/SOL