"Khader Adnan foi detido porque não tinha o direito de estar na cidade velha de Jerusalém, onde não é permitido o acesso livre aos palestinianos da Cisjordânia com menos de 50 anos, e ele tem apenas 37 anos", disse o porta-voz da polícia Luba Samri.
No entanto, Luba Samri insistiu que não se tratava de uma detenção, mas de um "inquérito para investigar o crime cometido por Khader Adnan".
Um outro porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que Khader Adnan é "um ativista da 'jihad' islâmica, sendo também por esse motivo, proibida a entrada em território israelita".
Israel considera o grupo 'jihad' islâmica uma organização "terrorista".
Funcionários dos serviços de segurança palestinianos afirmaram que Adnan foi detido enquanto viajava para a mesquita Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão para uma cerimónia especial do mês do ramadão.
Khader Adnan foi libertado no domingo após 56 dias de greve de fome para protestar contra a sua detenção administrativa, disposição que permite a Israel deter palestinianos sem acusação nem julgamento por períodos de seis meses, renovável indefinidamente.
Atualmente, 379 dos 5.686 prisioneiros palestinianos em Israel estão presos em detenção administrativa.
Lusa/SOL