"Eu votei no ministro Luis de Guindos. Tenho uma ótima relação pessoal com o ministro De Guindos, temos também uma tradição já antiga de nos apoiarmos mutuamente, Portugal e Espanha, por força das nossas relações, e há também a questão de a Espanha ser um país grande da área do euro e ter alguma sub-representação a nível dos cargos mais relevantes", indicou, numa conferência de imprensa em Bruxelas, após a reunião do Eurogrupo, marcada pela reeleição de Dijsselbloem na presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro.
"Isto dito – prosseguiu -, tenho também uma boa relação pessoal com o ministro Dijsselbloem, e reconheço que o trabalho dele tem sido de grande qualidade e de grande empenho, e tenho a certeza de que continuará a fazê-lo neste segundo mandato, e que a relação com Portugal será ótima", afirmou.
Maria Luís Albuquerque acrescentou que já tivera oportunidade, "há bastante tempo", de explicar ao holandês o sentido de voto de Portugal, apontando que "isso não afetou de todo a boa relação" existente.
Dijsselbloem foi hoje reconduzido por dois anos e meio no cargo de presidente do Eurogrupo, durante a reunião de ministros das Finanças da zona euro realizada em Bruxelas, ao bater o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, numa eleição efetuada através de voto secreto.
A eleição, que estava prevista para junho passado, foi adiada para esta reunião ordinária de julho porque já na altura, justificou Dijsselbloem, a situação da Grécia requeria todas as atenções do fórum informal de ministros das Finanças, acabando então por se realizar hoje, naquele que foi o 11.º Eurogrupo das últimas quatro semanas.
Lusa/SOL