Os procuradores referiram que a investigação remonta à época em que o primeiro-ministro era advogado. Segundo ainda os procuradores, foram bloqueados uma parte dos bens de Ponta para, se for o caso, ressarcir o Estado pelos danos sofridos.
Ponta, de 42 anos, esteve esta manhã na sede do DNA para ser ouvido pelos procuradores.
Segundo fontes judiciárias, o primeiro-ministro recusou responder as questões dos procuradores, afirmando que espera as conclusões de um especialista em contabilidade financeira, exigido pela justiça.
O primeiro-ministro foi acusado de "17 infrações de fraude, cumplicidade de evasão fiscal e de branqueamento de capitais" por fatos que remontam entre 2007 e 2011.
Os procuradores acusam-no de receber o equivalente a 55 mil euros de Dan Sova, este também advogado, com o qual assinaria um contrato de colaboração.
Para justificar esta soma, recebeu várias tranches mensais, tendo em 2011 emitido 17 faturas falsas atestando que havia trabalhado para o gabinete de advogados de Sova.
Victor Ponta foi investigado também por conflito de interesses no exercício das suas funções de primeiro-ministro por ter nomeado Dan Sova como ministro duas vezes, em 2012 e 2014.
Entretanto, o DNA não conseguiu lançar um processo neste aspeto, isso porque o parlamento, dominado pela coligação de esquerda de Ponta, recusou-se levantar a imunidade do primeiro-ministro.
No domingo, Victor Ponta já havia renunciado à liderança do seu partido (PSD).
Lusa/SOL