Para já, Plutão revelou uma surpresa, uma faixa escura contínua ao nível do seu Equador. Será um dos mistérios para as diversas equipas que acompanham a missão da New Horizons.
Observado pela primeira vez em 1930 pelo astrónomo norte-americano Clyde Tombaugh, Plutão entrou para o ‘clube’ selecto dos planetas do sistema solar e é um dos corpos celestes cujas órbitas se situam nos confins do nosso sistema, a chamada cintura de Kuyper. Mas a descoberta de outro corpo celeste naquela região, com uma massa superior ao do ex-nono planeta trocou as voltas à comunidade científica. Esse objecto é Eris e ainda houve dúvidas entre os especialistas – poderia passar a ser considerado o 10.º planeta do sistema solar?
Mas as características de um e de outro, nomeadamente as dimensões, levaram a União Astronómica Internacional a não considerar Eris um planeta e, em Agosto de 2006, a ‘desclassificar’ Plutão desta categoria. Ironicamente, foi no ano em que a New Horizons foi lançada…
A NASA já começou, entretanto, a divulgar imagens obtidas pela sonda quer de Plutão, quer de Charon, com uma nitidez nunca dantes vista. Com esta missão, os norte-americanos foram os primeiros a lançar missões deste género, com sucesso, a cada um dos planetas e objectos do sistema solar.