A jovem de origem caribenha afirma que os sites porno usam vários rótulos para a categorizar – latina, egípcia, negra, chinesa – sem prestar qualquer atenção à sua ascendência.
“Sou contra estes rótulos. Não apoio a ‘fetichização’ das etnias”, disse à Fusion a actriz de 20 anos.
Muitas pessoas criticam a indústria por englobar vários actores e actrizes em categorias como ‘negros’ ou ‘brancos’, agrupando os performers pura e simplesmente com o intuito de satisfazer prazeres sexuais, sem prestar atenção à sua herança genética.
Griffith afirma que as mulheres negras que trabalham na indústria pornográfica recebem menos que as colegas e não têm as mesmas oportunidades que as restantes.
“Existe uma influência racista – não por causa dos performers, mas sim porque a sociedade em si é racista”, disse a actriz.
Para Griffith, a Internet veio piorar esta situação: “As categorias são simplificadas na Internet, de forma a facilitar a vida a quem procura os conteúdos. Uma pessoa quer ver uma jovem morena para satisfazer os seus desejos mais perversos e para isso procuram simplesmente ‘latinas’”.
Alguns sites já se recusam a colocar estes rótulos nos seus conteúdos, mas para Griffith, ainda há muito a fazer. “As pessoas ainda não aceitam bem os conteúdos pornográficos. Associam-lhes uma conotação negativa. Por isso, o racismo pode ‘andar de mãos dadas’ com a indústria. Ainda não foi encontrada uma forma para regularizar os conteúdos e chegar a um acordo entre performers, realizadores e legisladores (…) Não estamos a falar abertamente sobre o assunto”, afirma.