De acordo com um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), que já emitiu o pré-aviso de greve, os trabalhadores do departamento de Gestão da Dívida (DGD) do IGFSS consideram que os motivos que levaram à greve de 30 de junho mantêm-se, dado que o Governo e o conselho diretivo não responderam às suas reivindicações e pedidos de reunião.
Estes funcionários públicos queixam-se da degradação do serviço por falta de recursos humanos, de baixas remunerações e da falta de uma carreira adequada às funções que desempenham.
"Os trabalhadores do DGD do IGFSS exigem a rápida abertura de um processo negocial que permita a discussão de todos os problemas que os afetam atualmente, considerando que as especificidades e a relevância das funções que desempenham deverão conduzir à criação de uma carreira especial, à semelhança do que aconteceu no decurso do último ano a várias carreiras técnicas de diversos organismos do Estado", diz o comunicado do SINTAP.
No início deste ano foram criadas carreiras especiais para os técnicos superiores da Direção-Geral do Orçamento (DGO), da Direção-Geral de Tesouro e Finanças (DGTF) e do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças e foi anunciada a criação de uma carreira especial para os técnicos superiores do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o Sintap, nas secções de Processos do DGD, o rácio de cobrança por trabalhador ronda os 3 milhões de euros anuais.
Os cerca de 100 técnicos superiores do DGD dedicam-se, a nível distrital, à recuperação de dívidas à Segurança Social e "ganham em média 1.100 euros".
Lusa/SOL