“Este é um dos textos mais espantosos que há, tem uma grande beleza. E aqui não estamos apenas perante a famosa viagem de Peer Gynt – é também a viagem deste espectáculo e a longa viagem desta companhia”, diz. No concreto, a personagem de feitio complicado parte pelo mundo e encontra-se com a sua própria humanidade. No abstracto, há a leitura que o encenador faz e que tenta levar para palco: “Acontece tudo na cabeça dele e isso é que é extraordinário. Quem não tem viagens fantásticas na sua vida é porque não está de facto a viver”.
Aos actores da companhia juntam-se os alunos da EPTC e uma das grandes surpresas em palco – a actriz Maria Vieira. “É absolutamente dramática, toda a gente chora com ela. É uma nova actriz que ali temos. Só vale a pena continuarmos para fazer aquilo que não se espera”.