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Catarina Homem Marques


  • Uma Minde brilhante

    Foi logo no início do mês que aterrou no centro da vila de Minde uma invulgar sonda espacial com uma forma estranha, cor preta e várias antenas iluminadas em redor. A estrutura arquitetónica, que é uma mesa redonda de trabalho/debate e também uma máquina de fazer fanzines criada pelo coletivo Friendly Fire, não faz parte…

    Uma Minde brilhante

  • Há ‘Baile’ no São Luiz

    Se fosse como na música ‘Valsinha’ de Chico Buarque, o homem chegaria a casa com uma disposição diferente e ela iria buscar o vestido para irem até à praça dançar. E seria tanta dança que a vizinhança iria toda despertar, com beijos loucos e gritos roucos até o dia amanhecer em paz. Mas ainda que…

    Há ‘Baile’ no São Luiz

  • Casas procuram-se

    Não andam muito importados com vistas desafogadas ou divisões com pé alto. Os Rimini Protokoll vão chegar de Berlim em Outubro (2 a 18) com um espectáculo na bagagem e é por isso que já andam à procura de casa em Lisboa. E isto não é uma metáfora – andam mesmo à procura de quem…

    Casas procuram-se

  • Fundão rima com Verão

    À primeira vista, o que denuncia a diferença entre o final de Agosto no Fundão do resto do país é a existência de um palco montado. As outras coisas – as noites quentes, as esplanadas, o largo da igreja ou a tranquilidade – são iguais. Pelo menos até esta sexta-feira, o dia em que arranca…

    Fundão rima com Verão


  • Citemor. Contra o silenciamento

    O Citemor chega à 37.ª edição com novas criações a ocuparem a vila de Montemor-o-Velho num manifesto contra a falta de apoios.

    Citemor. Contra o silenciamento

  • Com a cabeça no ar

    Nem toda a gente tem a capacidade de ficar a pender a partir do tecto agarrado apenas a um pano. Menos gente ainda consegue subir e descer esse pano em exercícios coreográficos, e há uma percentagem menor que o faça sem parecer em esforço. Mas o que é ainda menos provável é que essa mesma…

    Com a cabeça no ar

  • Viagem tripla

    Antes da estreia de Peer Gynt, peça que assinala os 50 anos do Teatro Experimental de Cascais e que vai estar em cena no Mirita Casimiro até 9 de Agosto, partiu-se um espelho e todos ficaram nervosos. Menos Carlos Avilez, que até compreende o grau de superstição das pessoas do teatro mas que viu a…

    Viagem tripla

  • Carlos Avilez: ‘Não me importo de acabar, mas tem de ser em grande’

    O Teatro Experimental de Cascais celebra 50 anos e Carlos Avilez, o seu encenador histórico, dedicou-lhe toda a vida artística. Sem arrependimentos e com coragem até para aceitar se for altura de acabar. Só tem de ser em grande, como a aposta em Peer Gynt e no Macbeth que ainda aí vem.

    Carlos Avilez: ‘Não me importo de acabar, mas tem de ser em grande’


  • A edição rara do maior festival de teatro do país

    Para começar, é logo Christoph Marthaler com King Size. Depois ainda há um Hamlet a unir as forças do Teatro da Cornucópia e da Companhia de Teatro de Almada, uma encenação de Luís Miguel Cintra do papel que ele nunca chegou a fazer. Há visitas internacionais tão sonantes como Katie Mitchell no papel de encenadora…

    A edição rara do maior festival de teatro do país

  • Maré cheia

    A vizinhança de Zeca Perpétuo e da mulata Dona Luarmina começou por ser em Moçambique ainda que agora esteja também em Lisboa. E começou por ser também uma vizinhança de conto, no Mar Me Quer de Mia Couto, para só depois se tornar a adaptação teatral que o Teatro Meridional apresentou há 14 anos e…

    Maré cheia

  • O que dizem as raposas?

    O maior sucesso virtual de 2013 foi uma música norueguesa onde dois comediantes sublinhavam que, ao contrário de outros animais, ninguém sabe muito bem que som faz uma raposa. E isto só interessa porque, a ter em conta a peça As Raposas que estreia esta semana no Teatro Aberto, afinal esse animal diz muito mais…

    O que dizem as raposas?

  • Herman José: ‘Só tenho boas recordações do Nuno’

    O filme é de terror e recupera uma tentativa anterior de fazer a adaptação do conto homónimo de Branquinho da Fonseca, com um barão malvado que valeu a Nuno Melo, o actor que lhe deu vida, um Globo de Ouro e um prémio da SPA em 2012. “Fiz muitos filmes com o Nuno, mas aquele…

    Herman José: ‘Só tenho boas recordações do Nuno’


  • Crónicas de 12 frentes de guerra e 27 revoluções

    Quando Ryszard Kapuscinski nasceu, em 1932, a cidade de Pinsk ainda não ficava na Bielorrússia. Era uma cidade polaca de fronteira onde havia, recordou o próprio num texto da Granta, “uma população sem pátria e sem identidade nacional”. Foi lá que começou por ter vizinhos polacos, bielorrussos, ucranianos e arménios, numa realidade poliglota e muito…

    Crónicas de 12 frentes de guerra e 27 revoluções

  • Artur Domoslawski: ‘Não esperava ser tratado como um traidor’

    Foi o jornalista do século XX, ou pelo menos foi esse o título atribuído pelo mundo a Ryszard Kapuscinski. Não admira a polémica que estalou quando Artur Domoslawski, jornalista polaco que foi seu amigo nos últimos nove anos de vida, publicou uma biografia que pôs em causa a veracidade de várias reportagens e deu destaque…

    Artur Domoslawski: ‘Não esperava ser tratado como um traidor’

  • (De)coração de interiores

    Cinco bailarinos sobem ao palco da Culturgest à procura de um sítio que possam chamar de casa em Home, a nova coreografia de Luís Marrafa.

    (De)coração de interiores

  • Olivier Rolin: ‘As nuvens podem atravessar qualquer fronteira’

    Primeiro encontrou um álbum de desenhos enviados de um gulag. Depois o seu autor, uma vítima anónima de Estaline, que levou a este escritor francês apaixonado pela Rússia três anos de trabalho que resultaram no aclamado O Meteorologista.

    Olivier Rolin: ‘As nuvens podem atravessar qualquer fronteira’


  • Cerrar o Panos

    Por um lado, o desafio à criação de nova dramaturgia. Por outro, o teatro feito em escolas e com jovens. E entre estes dois mundos um enorme vazio que só é preenchido pelo Panos, o festival da Culturgest que chega a Lisboa este fim-de-semana com mais três textos e seis encenações.

    Cerrar o Panos

  • O elefante fora da sala

    Uma actriz andava obcecada a fazer desenhos de Ganesh. Outra inventou uma personagem neonazi. E para ir de uma à outra foi preciso usar o Google, esse grande dramaturgo, para descobrir que o símbolo que deu origem à suástica foi roubado à religião hindu. É por isso que em Ganesh Contra o Terceiro Reich, na…

    O elefante fora da sala

  • Maria-vai-com-as-outras

    Entre tomar uma mão cheia de Lexotan ou um Aspegic e sem conseguir decidir se é melhor apostar nuns saltos altos vermelhos ou ficar em casa a ouvir crescer o pêlo da alcatifa, encontra-se apenas uma mulher. E de robe. Mas em António e Maria, em cena no CCB até 16 de Maio, esta mulher…

    Maria-vai-com-as-outras