As fontes oficiais, citadas pelo serviço de notícias Ynet, que não as identifica, asseguraram que Pollard sairá da prisão este ano e negaram que a sua libertação, amplamente solicitada por Israel, suponha "uma compensação" norte-americana pelo pacto nuclear com o Irão, ao qual o governo israelita se opõe.
De acordo com as mesmas fontes, a libertação foi decidida há três semanas no âmbito de um procedimento judicial habitual de revisão da pena e sem que os governos israelita ou norte-americano se envolvessem de algum modo.
O deputado Nachman Shai, da União Sionista e presidente da comissão parlamentar para a libertação de Pollard, afirmou que o espião "não é uma carta política e relaciona-lo com o acordo com o Irão ou a libertação de presos árabes é ridículo, vergonhoso e humilhante".
A ex-mulher de Pollard negou sábado ter recebido a confirmação oficial da sua libertação.
Na sexta-feira, uma fonte do Departamento de Justiça norte-americano confirmou à agência noticiosa EFE que, "em novembro de 2015, Pollard poderá optar pela liberdade condicional antecipada", que supõe a libertação de um detido antes do fim da pena, sob certas condições.
Pollard, judeu norte-americano de 60 anos, que obteve a nacionalidade israelita quando estava já na prisão, foi detido em 1985 quando trabalhava como analista civil para a Marinha norte-americana, acusado de entregar documentos secretos aos serviços secretos israelitas, pelo que foi condenado a prisão perpétua em 1987.
Inicialmente, Israel negou que pagou a Pollard pelas informações, mas, cerca de uma década depois, reconheceu que ele foi seu espião.
A sentença de Pollard estipula que pode ser libertado 30 anos depois da detenção, desde que não seja impedido pela Comissão de Liberdade Condicional.
O governo israelita reclama desde há anos um indulto a Pollard.
Lusa/SOL