Esperança, Sonho e Confiança em si: a troika que Passos Coelho nos deixará

Passos Coelho é, de facto, um político singular. Com humildade devemos reconhecer que as vaticinações menos favoráveis quanto ao seu sucesso político se revelaram erradas. E mesmo quanto à sua personalidade: foi dito – e nós, aqui e ali, também cometemos essa precipitação analítica – que Passos Coelho era um avençado de Ângelo Correia ou…

O facto de Passos Coelho não ter experiência política governativa anterior foi uma desvantagem nos seus primeiros tempos como Primeiro-Ministro – todavia, rapidamente essa virgindade governativa se converteu em vantagem. Porquê? Porque inicialmente Passos Coelho cometeu muitos ou (alguns) erros na composição do elenco governativo, na estruturação orgânica do executivo, na gestão de alguns dossiês ou medidas que se impunham, mas que careciam de explicação aos portugueses. Logo, o Governo passou por vários sobressaltos na primeira metade da legislatura.

Depois – sobretudo após a crise na coligação – Passos Coelho limou algumas (e muito importantes) arestas, corrigiu erros e o Governo passou a funcionar muito melhor.  E o próprio Passos Coelho passou a dar uma imagem de segurança, de tranquilidade, de serenidade, de confiança, opondo-se ao Passos Coelho um pouco oscilante, confuso e demasiado analítico da primeira metade da legislatura. O que é natural: a função de Primeiro-Ministro – sobretudo de Primeiro-Ministro de Estado à beira da bancarrota e sucedendo a uma personagem trágica como é José Sócrates – exige um período de adaptação, de reflexão para uma acção mais eficaz.

E nós suspeitámos, a certa altura, que o Governo poderia correr muito mal. Poderia acabar tragicamente. Mas não: melhorou largamente na segunda metade e final da legislatura. E com muito mérito de Passos Coelho. Porque Passos Coelho não é, ao contrário do que se diz, apenas teimoso. É teimoso; mas com uma enorme humildade intelectual e de fidelidade à função que desempenha. Ou seja: fidelidade ao superior interesse de Portugal. Julgamos, pois, que não obstante podermos discordar de esta ou aquela medida avulsa do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, ninguém o poderá acusar de não defender Portugal e a dignidade dos portugueses. Nem mesmo o Bloco de Esquerda – ou o dissidente, mas sempre bloquista de coração, Daniel Oliveira – tem o descaramento de insinuar que Passos Coelho defendeu interesses privados e não o interesse público. O interesse da nossa Pátria. O interesse de todos nós enquanto Nação. O interesse de todos nós enquanto cidadãos portugueses, individualmente considerados.

Passos Coelho sabe que errou muitas vezes – não é como outros que sempre negaram a evidência das suas loucuras com consequências trágicas (como José Sócrates) ou o narcísico ex-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa que deixou uma cidade mais triste e sem paixão (António Costa). Passos corrige humildemente os seus erros, explica humildemente as suas opções aos portugueses – e humildemente pede a confiança aos portugueses para continuar o seu trabalho que levará a uma economia mais competitiva e a uma sociedade mais justa. Passos Coelho é, hoje, sinónimo de sonho e esperança para cumprir Portugal – e terá um candidato presidencial à altura (Marcelo Rebelo de Sousa).

A demonstração cabal da força de Passos Coelho ocorreu na última quinta-feira. Passos Coelho, de boa fé, acreditou que teria a oportunidade de explicar o seu pensamento para a próxima legislativa nas mesmas circunstâncias de António Costa. Mas isso não aconteceu: a TVI preparou uma entrevista duríssima, com José Alberto Carvalho incisivo como nunca, com direito a música crítica de Pedro Abrunhosa, com perguntas feitas por dirigentes políticos do Bloco de Esquerda (relembro que uma semana antes, Miguel Coelho, amigo e apoiante de Costa e do aparelho do PS, estava na plateia…). Nós, ao contrário de muitos apoiantes de Passos Coelho, agradecemos à TVI. Obrigado, TVI! Porque perante tal cilada, a serenidade, a preparação técnica e a combatividade de Passos Coelho só reforçaram a sua imagem e a sua credibilidade junto dos portugueses – e enfraqueceram a de António Costa, que tivera uma prestação medíocre em cenário que lhe era muito favorável.

Uma conclusão se impõe: Passos Coelho é, hoje, o rosto, a personificação de um Novo Portugal. Um Portugal orgulhoso, confiante e que não tem medo de sonhar. Um Portugal onde o mérito é reconhecido – em que cada um vale pelo seu trabalho, pelas suas qualidades e não pelas suas amizades ou pelo berço onde nasceu. Esperança, Sonho e Confiança – eis a troika que vale a pena. Eis a única troika que Passos Coelho trará para Portugal – ao contrário dos socialistas que invariavelmente deixam como legado a troika da austeridade necessária e dos sacrifícios imperativos. Passos Coelho é o futuro – António Costa é o passado a que não queremos regressar.

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