"Tenho a certeza de que num cenário de beligerância dentro da Liga por causa de outros temas que nada têm a ver com a Liga, como a arbitragem, não será fácil captar investimento e parcerias", disse Luís Duque, em entrevista à Agência Lusa, convicto de que qualquer tipo de perturbação nesta altura dificultará esse objetivo.
Não obstante reconhecer que "muitos dossiês foram resolvidos, que o perigo de falência da Liga já está afastado, que a viabilidade financeira do organismo é uma realidade", Luís Duque alerta para "a existência de muitos outros dossiês que estão em aberto e que há muito trabalho pela frente para os encerrar".
Para Luís Duque, o que a Liga precisa é de angariar patrocínios, de atrair novos parceiros, de receitas para distribuir pelos clubes e de valorizar e credibilizar as competições que organiza.
"Hoje a nossa Liga de futebol é a quinta ou sexta da Europa e queremos que isso tenha reflexo também no valor da LPFP e do negócio em Portugal, criando riqueza para os clubes, empregos e contribuindo para o Produto Interno Bruto (PIB) do país", referiu, acrescentando que o futebol "paga muitos impostos ao Estado e que tem de saber dialogar com este sem preconceitos".
A propósito, recordou que o Estado "arrecada 62,5 por cento das receitas das apostas desportivas, enquanto o futebol apenas 37,5", mas considerou que o diálogo com o Governo só pode decorrer com "uma Liga forte e estável", o que não sucederá se prevalecer "um clima de guerrilha que perturbe o seu funcionamento e a fragilize".
Luís Duque é candidato às eleições da LPFP, marcadas para terça-feira, para um novo mandato, concorrendo ao cargo com o ex-árbitro internacional Pedro Proença.
Lusa/SOL