Na noite, num espectáculo ou evento passa-se exactamente o mesmo. Imaginas que podias ter sido tu a organizá-lo porque no fundo ‘festas’ toda a gente organiza, podias ter sido tu a meter-te com aquela miúda porque claramente ela estava no bar à espera que fosses meter conversa só que alguém chegou primeiro, ou tu a abrir aquele espaço porque aquele conceito já tu o tinhas idealizado e concebido até que algum safado tivesse chegado e te roubado a ideia.
É um hábito que temos, chama-se défice de tomada de decisão e funciona para os dois lados, para o bem e para o mal. Muitas vezes por timidez, sabemos que podíamos ter sido nós mas não chegámos lá, embora tivéssemos capacidade para isso, outras porém, por uma questão de ego, achamo-nos mais do que aquilo que somos e consideramos que faríamos tudo e mais alguma coisa. O que é facto é que não fizemos e alguém acabou por fazer por nós!
Essa é a razão primeira para nos sentirmos preenchidos ou defraudados no nosso percurso ou sobretudo quando olhamos para trás. O sentimento de dever cumprido, de uma marca indelével deixada no mundo, de termos arriscado e vencido ou pelo menos de por entre vitórias e derrotas termos inumeras histórias para contar, uma imensidão de experiências que nos tornaram maiores, mais inteiros!
São as idiossincrasias da vida, a imprevisibilidade do momento, a capacidade para sair da zona de conforto, as ideias out of the box e os comportamentos disruptivos que nos tornam diferentes mas tão especiais. Não concordo nada quando dizem que os homens ou as mulheres são todos iguais. Por isso repito o que disse há um ano nesta altura, «faz mais tags ao vivo, mais likes ao ouvido, tecla mais com a boca!»