Grupo Cortefiel cresce em Portugal

O grupo espanhol Cortefiel, que detém também as insígnias Springfield e Women’secret, está a apostar na expansão em Portugal, um dos “melhores mercados internacionais”, avança ao SOL o director de marketing da Cortefiel Portugal, Alexandre Mendes. “Deve-se à presença de todas as marcas do grupo no país e à sua gestão já bastante consolidada”, explica…

O grupo chegou a Portugal em 1991, quando abriu a primeira Cortefiel na Avenida Guerra Junqueiro, em Lisboa. Tem agora 129 espaços comerciais em território nacional e emprega 1.100 pessoas.

“O plano de expansão em Portugal continua bastante significativo”, sublinha Alexandre Mendes, detalhando que este ano o grupo abriu uma loja e remodelou outras três.

“Neste exercício vamos abrir ainda mais quatro lojas: uma Springfield e uma Women’secret no Forum Viseu, uma Springfield em Bragança e uma Fifty Factory em Portimão. No próximo exercício também já está acordada a abertura de mais três lojas (Springfield, Cortefiel e Women’secret) no novo shopping Arcada, em Braga”, acrescenta, recusando contudo revelar qual o investimento na expansão.

Por loja, serão contratados em média oito colaboradores: com as inaugurações previstas serão criados 56 postos de trabalho.

A Springfield – que tem 58 lojas – é a marca que mais vende. “Em todas as nossas insígnias registamos potencial de crescimento em Portugal. A que tem tido maior crescimento e, consequentemente, maior aposta é a Springfield devido à sua excelente aceitação junto da população portuguesa”, justifica.

No último exercício, a facturação do grupo Cortefiel em Portugal subiu 7,6%, para 127 milhões de euros. Alexandre Mendes justifica esta evolução não só com a expansão, mas também com a renovação das lojas e o posicionamento das várias marcas. “São resultados francamente positivos”, avalia. E assegura que encara “com naturalidade” a concorrência de grandes grupos como a Inditex (Zara, Bershka, Pull & Bear, Oysho) ou a sueca H&M. “Nascemos no mesmo país que a Inditex, a Mango ou o El Corte Inglés, e ter uma concorrência mais forte torna-nos igualmente mais fortes”, nota.

Para este ano, “as perspectivas de crescimento são bastante animadoras e têm-se revelado acima do esperado”.

Embora não especifique qual o peso dos fornecedores portugueses no total do grupo espanhol, Alexandre Mendes afirma que “Portugal é um dos mais importantes mercados de aprovisionamento em proximidade, juntamente com Espanha”. Em território nacional, a empresa tem fornecedores de blazers e fatos de homem, de malhas, calçado, meias e roupa interior.

ana.serafim@sol.pt