Pedro Mota Soares. Taxa de desemprego mostra que ‘Portugal deu a volta’

O ministro da Solidariedade Emprego e Segurança Social considera que os dados do desemprego hoje revelados demonstram que “Portugal deu a volta”, ao atingir uma taxa de desemprego inferior à registada em 2011, quando o Governo assumiu funções.

A estimativa mensal hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que a taxa de desemprego para junho de 2015 se situa nos 12,4%.

Para o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, estes dados provisórios devem ser vistos como "um sinal de esperança e confiança para muitos portugueses que ainda estão numa situação de desemprego".

Ao comparar com os dados definitivos do mês anterior, o INE diz que a taxa se manteve inalterada mas assinala também uma tendência decrescente desde fevereiro de 2015.

Mota Soares foi mais longe e comparou os dados de hoje com os registados quando o atual executivo entrou em funções: "O Governo recebeu em 2011 um país que tinha um desemprego de 12,7%, tinha a 'troika' cá, estava a cumprir um duro memorando de ajustamento e tinha uma recessão. Sabemos hoje que a taxa de desemprego é de 12,4%, isto é, pela primeira vez temos uma taxa de desemprego abaixo do valor do ano de 2011. Isto é a prova de que Portugal deu a volta", disse à margem de uma visita ao Centro de Formação da Indústria Alimentar, na Pontinha.

Desde janeiro de 2013 até agora foram criados 204 mil postos de trabalho, sublinhou Mota Soares, que entende que os dados de hoje vão "no sentido certo, isto é, no sentido descendente".

Para Pedro Mota Soares, o "maior desafio de Portugal", neste momento, é precisamente, "criar emprego e criar oportunidades de trabalho".

Segundo o INE, a estimativa provisória da população desempregada para junho de 2015 foi de 636,4 mil pessoas, enquanto a estimativa provisória da população empregada foi de 4.492,7 mil pessoas, mantendo-se ambas "praticamente inalteradas" em relação ao mês anterior.

Entre os 636,4 mil desempregados há um aumento de 5% de mulheres (15,8 mil) e uma diminuição de 4,5% de homens (14,5 mil).

Nestas estimativas foi considerada a população dos 15 aos 74 anos e os valores foram previamente ajustados de sazonalidade.

De acordo com o INE, tanto a população desempregada jovem como a de adultos se mantiveram "praticamente inalteradas".

Lusa/SOL