A detenção foi realizada pela Polícia Judiciária no Aeroporto de Lisboa, tendo apanhado de surpresa o antigo presidente e actual quadro da Fernave, empresa do Grupo CP que se dedica à formação profissional na área dos transportes públicos.
Segundo diversas fontes contactadas esta manhã pelo SOL, os crimes de peculato e de abuso de poder, de cuja autoria o gestor é suspeito, terão sido praticados no âmbito de uma acção de cooperação com a República Popular de Angola para a formação de maquinistas de comboios.
Durante esta operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), num inquérito dirigido pelo Ministério Público (DIAP de Lisboa), foram realizadas buscas, tendo sido apreendida diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação, segundo fontes policiais.
O valor do benefício ilícito apurado até ao momento é de cem mil euros.
Rui Lucena Marques já foi presente a Tribunal, tendo-lhe sido aplicada como medidas de coação o pagamento de uma caução carcerária de 37.500, a suspensão de funções públicas ou exercício de cargos de gestão pública, e também proibição de ausência para fora do país.