Faz esta quinta-feira 70 anos que a aviação dos EUA largou pela primeira vez uma bomba atómica sobre uma população civil. A arma, chamada Little Boy, matou pelo menos 66.000 pessoas em Hiroxima, no Japão, e feriu outras 69.000.
Três dias depois, o alvo é Nagasaki: 39.000 mortos e 25.000 feridos. A incineração imediata ou horas, semanas, dias ou anos de agonia devido a queimaduras e aos efeitos da radiação.
Uma maioria de historiadores defende que o uso das armas nucleares contra o Japão ajudou a acelerar o fim da Segunda Guerra Mundial, com Tóquio, aliado da Alemanha Nazi, a render-se a 15 de Agosto de 1945. Mas mesmo que essas duas bombas tenham salvo inúmeras vidas – e este é um ponto sob disputa desde então – a destruição causada pelas armas nucleares gerou tal terror e revolta entre a opinião pública global que estas nunca mais foram utilizadas. Mas a sua ameaça transformou-se numa arma política.
O número de países detentores de armas nucleares não parou de aumentar desde o final da Segunda Guerra Mundial: EUA, Rússia (antiga União Soviética), França, Reino Unido, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Israel é há vários anos suspeito de deter um arsenal nuclear, e a África do Sul desenvolveu bombas atómicas durante o apartheid.
Apesar da ameaça atómica ser hoje consideravelmente menor desde o final da Guerra Fria, o historiador nuclear norte-americano Alex Wellerstein resolveu criar um mapa que nos ajuda a perceber os impactos de vários tipos de bombas.
Recorremos então ao NukeMap para simular o que aconteceria se uma bomba semelhante à de Hiroshima caísse no centro de Lisboa:
E no Porto:
A bomba que caiu em Nagasaki, a Fat Man, teria efeitos diferentes:
Por fim, simulámos o uso da maior bomba alguma vez concebida, a Tsar Bomba soviética, que foi apenas testada, mas nunca usada num cenário de guerra. Em Lisboa:
No Porto:
Na Madeira:
E em Luanda: