Até agora os produtos alimentares – como carne, peixe, vegetais, leite ou queijo – eram devolvidos aos países de origem através das alfândegas, mas um decreto presidencial de Vladimir Putin, a 29 de Julho, impôs a sua destruição a partir desta semana.
Segundo as agências internacionais, cerca de dez toneladas de queijo europeu foram destruídas esta quinta-feira só na região de Belgorod, perto da Ucrânia, e o departamento de Agricultura local informou que seriam depois enterradas. Foram também conduzidas inspecções um pouco por todo o país, nomeadamente nas regiões de Bryansk, Novosibirsk, Moscovo, Orenburg, Smolensk e Tver.
Essa acção do Estado foi uma machadada final numa petição, assinada por mais de 200 mil pessoas, para que os produtos apreendidos fossem usados em orfanatos, lares de idosos ou distribuídos aos mais desfavorecidos em geral. Isto numa altura em que a crise económica e a falta desses alimentos estrangeiros levaram a um forte aumento no custo dos mesmos no país, incluindo aqueles que integram a chamada ‘cesta básica’.
Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, questionou a credibilidade da petição, principalmente o número de assinantes, e foi claro quanto ao decreto presidencial: “Tem de ser implementado”. A única excepção à destruição de alimentos apreendidos – que estão agora ao nível de outros produtos ilegais como drogas ou artigos contrafeitos – é a região da Crimeia, anexada pela Rússia.