“Há três associações ligadas à aeronáutica, ao espaço e à defesa que tomaram essa decisão e já apresentaram uma candidatura” ao Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI), adiantou à agência Lusa o presidente do município de Évora, Carlos Pinto de Sá.
Segundo o autarca, o projeto de criação do cluster junta a PEMAS – Associação Portuguesa da Indústria Aeronáutica, DANOTEC – Associação das Empresas de Defesa, Armamento e Novas Tecnologias e a Proespaço – Associação das Indústrias do Espaço.
Estas associações “propuseram a criação do cluster e decidiram que a sede fica em Évora”, referiu Carlos Pinto de Sá, explicando que estes pontos ficaram assentes numa reunião realizada “em julho”.
“Desempenhámos [câmara] um papel para que houvesse essa decisão e a Embraer”, construtora aeronáutica brasileira que possui duas fábricas na cidade alentejana, “também teve um papel muito importante”.
A Universidade de Évora e o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA) “deram uma ajuda”, realçou o autarca, precisando que o projeto foi candidatado a um concurso do IAPMEI no âmbito do processo de reconhecimento de clusters de competitividade.
“O cluster aeronáutico, apesar de ser falado há muito, não está criado e esse passo depende das empresas e associações do setor”, cabendo agora ao IAPMEI e ao Governo a aprovação do mesmo, disse.
A escolha de Évora para sede do futuro AED Cluster deve-se, “fundamentalmente, ao facto de a Embraer estar sediada” na cidade, “devido ao seu peso e importância, quer em termos nacionais, quer internacionais”, justificou.
“Estas associações reconhecem também que Évora tem condições para poder acolher um conjunto de empresas destas áreas” e que, sendo a sede, “ajudará à criação do cluster, permitindo que esta atividade tenha uma visibilidade própria”, realçou o autarca.
Carlos Pinto de Sá lembrou que, além da Embraer, “um conjunto de empresas já manifestou interesse em instalar-se em Évora”, pelo que “há essa perspetiva de se criar” na cidade “uma área de indústria que abranja estes setores, com significado e dimensão nacional”.
No que respeita ao Parque da Indústria Aeronáutica de Évora, “80% da área tem interessados e as negociações estão muito avançadas”, realçou o autarca, convicto de que, a avançar, o AED Cluster vai “reforçar a atratividade” da cidade.
Carlos Pinto de Sá disse ainda que, em setembro, a convite da câmara, os responsáveis destas associações deverão efetuar uma visita a Évora para que “o projeto seja oficializado”.
Lusa / SOL