Mourinho afasta Eva Carneiro

A médica do Chelsea, Eva Carneiro, não voltará a sentar-se tão cedo no banco dos blues.

De acordo com o The Telegraph, o treinador português José Mourinho pediu um progressivo afastamento da clínica do trabalho com os jogadores, e para já esta exclusão aplica-se aos jogos. Eva Carneiro também será afastada dos treinos e das concentrações da equipa em hotéis.

Na causa da ruptura está a intervenção de Eva Carneiro nos minutos finais do Chelsea-Swansea de domingo, que terminou 2-2. Quando os blues de Mourinho procuravam o golo da vitória, o derrube de Eden Hazard levou a médica a entrar em campo para o assistir.

O problema é que Hazard foi obrigado a sair do terreno do jogo e o Chelsea ficou limitado a oito jogadores numa altura crítica do jogo inaugural da Premier League. Mourinho não gostou.

"Deixaram-me com oito homens para um contra-ataque depois de uma bola parada. Fiquei preocupado porque não tínhamos jogadores suficientes", explicou Mourinho no final da partida, antes de apontar o dedo ao corpo clínico dos blues.

"Não fiquei satisfeito com o meu staff médico porque quando tu és médico ou delegado no banco de suplentes, tens de entender o jogo. Quando entras no rectângulo de jogo para assistir um jogo, tens de ter a certeza que o jogador tem um problema sério. Tenho a certeza que o Eden [Hazard] não tinha um problema sério. Levou uma pancada e estava muito cansado", atirou o treinador português.

A resposta chegou através de Eva Carneiro, via facebook, e surpreendeu pelo conteúdo: um agradecimento público pelo 'apoio' que recebeu.

"Gostaria de agradecer ao público em geral pelo apoio. Estou mesmo muito agradecida", escreveu a fisioterapeuta nas redes sociais.

Aparentemente, Mourinho também ‘recebeu’ a mensagem e selou agora a ruptura com a gibraltina, que chegou ao Chelsea em 2009 e desde 2011, por decisão do então treinador André Villas-Boas, passou a trabalhar com a equipa principal.

Eva Carneiro dá nas vistas deste então pelo seu trabalho, elogiado pelos jogadores, e pelo facto de ser a única mulher a desempenhar as funções de médica de uma equipa principal da liga inglesa.