Não sou desses, definitivamente. É certo que há exageros com os quais não concordo, mas tento entender que, por vezes, certos conteúdos que são bem aceites pelos mais novos seriam talvez os que defenderia se tivesse a idade deles. Porque no fundo ‘mudam-se os tempos, mudam-se as vontades’.
Vem isto a propósito de me aperceber cada vez mais (sinal dos tempos) da existência das mães solteiras, porque o conceito do casamento e do compromisso se alterou, umas vezes por desleixo, outras porque simplesmente aprendemos a não nos conformar a viver em sofrimento e angústia.
Essas mesmas mães solteiras, ao invés de serem recriminadas e subjugadas a uma vida de anonimato e esquecimento, são hoje sinónimo da parte boa da evolução. E como é saudável ver essas mulheres a seguirem com a sua vida, a aproveitarem alguns momentos para se divertirem e desanuviarem o estado de espírito, nunca esquecendo quem trouxeram ao mundo, mas usando de uma ginástica mental e física absoluta para conseguirem ter tempo para seguirem com a sua vida.
E como é bom vê-las por vezes à noite, cientes das suas obrigações, mas de bem com a vida e com a aprendizagem que ela lhes deu, proclamando aos sete ventos que são mães e orgulham-se disso, leves e soltas, abrindo asas para novas vidas e novos mundos.
Apaixonei-me por este conceito saudável de preenchimento constante do que somos e do que pretendemos ser quando as coisas não correm como esperávamos.
Todos temos direito a recolher o melhor que a vida nos dá sem ficarmos prisioneiros de uma ou outra escolha menos conseguida. São elas um exemplo constante de que nem sempre a evolução tem de ser má e que nunca é tarde para recomeços, para encontrar magia por aí… Para sermos felizes…!