Água cheira a terra e sabe a mofo em Aljustrel e Beja

Há mais de um mês que a população de Beja e Aljustrel se queixa do sabor e do cheiro da água que sai da torneira. E, na segunda-feira, o jornal Público dava conta de que nem a Águas Públicas do Alentejo (AgdA), do Grupo Águas de Portugal, nem a Câmara de Beja nem a Unidade…

A AgdA veio apenas a 5 de Agosto esclarece, no seu site, os consumidores da região que “está a acompanhar, em conjunto com a Unidade de Saúde Pública da ULSBA, a situação relacionada com a questão do sabor e cheiro terra a mofo da água fornecida a Aljustrel e Beja”, informando ainda que “ as análises efetuadas confirmam o cumprimento dos parâmetros de qualidade exigidos pela legislação aplicável”.

“Esta situação deve-se à proliferação de microalgas, cianobactérias e actinomicetes na água da Albufeira do Roxo, devido à época estival [ao Verão, portanti] e ao abaixamento dos níveis de reserva de água, das quais resultam a produção de compostos orgânicos – a geosmina e o 2—metilisoborneol – que são responsáveis pelo cheiro a terra e a mofo na água para consumo humano”, justificou o organismo.

Significa isto, garante ainda a AgdA, que os “compostos orgânicos encontram-se em concentrações ínfimas (0,000 000 01 g/l) e não há registos de terem produzido intoxicação em seres humanos”.

“Dando cumprimento às recomendações da UNSBA, no sentido de garantir que a água pode ser utlizada em segurança, “a AgdA reforçou o já apertado programa de vigilância analítica da água para consumo humano”, acrescenta o organismo na nota publicada no seu site.