‘Somos médicos, economistas, todos licenciados. Mas de onde vimos, Aleppo, só há bombas e guerra’, disse um dos migrantes aos jornalistas, descrevendo a viagem atribulada com as crianças e bebés “a chorar o tempo todo”.
Os dados divulgados esta semana pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) referem que nos primeiros sete meses de 2015 desembarcaram na Grécia 124 mil refugiados e indocumentados, principalmente nas ilhas de Kos, Lesbos, Chios, Samos e Leros.
Apenas em julho passado chegaram à Grécia 50 mil pessoas provenientes da Síria, Afeganistão, Iraque, Eritreia e outros países, um número superior ao registado durante todo o ano de 2014, e um aumento de 20 mil pessoas face a junho.
Este aumento implicou que os desembarques no país tenham aumentado 750% entre 1 de janeiro e 31 de julho face a idêntico período de 2014.
A ministra-adjunta para a Imigração, Tasia Christodoulopoulou, anunciou que até ao final de 2015 o Governo prevê instalar 2.500 campos de refugiados, pelo facto de muitos dos imigrantes e indocumentados se manterem em acampamentos improvisados em Atenas e arredores.