Dirigentes da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), do Sindicato Independente dos Agentes da Polícia (SIAP) reuniram-se hoje de emergência para decidir ações de protesto para contestar a não aprovação do estatuto profissional, pelo Governo.
As ações foram divulgadas pelo dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, no final da reunião.
Paulo Rodrigues admitiu que, entre as ações de protesto, a desenvolver durante grande parte da campanha eleitoral, em setembro, se contam manifestações, sem precisar, contundo, os locais onde poderão vir a ocorrer.
No encontro, foi também decidido apelar aos profissionais da polícia, para que participem "ativamente numa ação", de 24 de agosto a final de setembro, que "privilegie a pedagogia em detrimento da repressão", sempre que não esteja em causa "o superior interesse público.
O dirigente da ASP/PSP, quando questionado pela agência Lusa sobre se a ação consistia numa "greve de zelo", disse que as estruturas sindicais, durante este período, vão lançar um apelo para que os profissionais passem a "privilegiar a pedagogia" e a "repressão zero", durante o policiamento.
As estruturas sindicais contestam o facto de o estatuto da PSP estar em negociação há quatro anos e continuar por aprovar, depois de, em julho, ter havido um memorando com o Governo, para que fosse aprovado.
Paulo Rodrigues disse que este Governo "não é digno de confiança", já que foi adiando a questão para o final da legislatura e não concluiu o processo.
Na quinta-feira passada, e depois de o Conselho de Ministros não ter aprovado o estatuto profissional, os dois maiores sindicatos da PSP — ASPP e SPP — anunciaram a realização de ações de protesto pela não aprovação daquele estatuto pelo Governo.
Na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, disse que o Governo está trabalhar na redação dos estatutos das forças de segurança, "em detalhes de redação e também a acertar outros detalhes com outros ministérios".
Lusa/SOL