"É evidente que persiste a ameaça de forças exteriores que podem, de uma forma ou de outra, desestabilizar a situação na península", disse Putin durante uma reunião com responsáveis da segurança no porto de Sebastopol, base da Frota russa do Mar Negro.
Putin, cuja terceira visita à Crimeia foi muito criticada pela Ucrânia, advertiu que essas forças vão tentar aproveitar qualquer erro que as autoridades locais cometam.
"Em algumas capitais falam abertamente nisso. Falam da necessidade de realizar atividades subversivas, criam as estruturas correspondentes, recrutam e preparam quadros para atos subversivos e de sabotagem e recorrem à propaganda radical", disse, citado pelos 'media' russos.
Nesta visita, Putin deu por encerrado o debate sobre a soberania da península, controlada pela Ucrânia entre 1954 e 2014, insistindo que os habitantes "votaram pela reunificação com a Rússia" num referendo.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, qualificou a visita de Putin à Crimeia de "desafio ao mundo civilizado" e acusou o presidente russo de aumentar a tensão no leste da Ucrânia, onde os combates aumentaram de intensidade nos últimos dias.
Poroshenko assegurou por outro lado que a Ucrânia nunca vai renunciar a recuperar a Crimeia.
Antes da visita em curso, Putin visitou a Crimeia em maio e em agosto de 2014.
Lusa/SOL