A eventual incapacidade por parte da comunidade internacional de alcançar um acordo será "um desastre", afirmou Hollande, em declarações aos jornalistas, durante uma visita ao Instituto Nacional de Energia Solar, em Bourget-du-Lac, na região leste de França.
França será a anfitriã da próxima (21.ª) cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, a decorrer entre 30 de novembro e 11 de dezembro em Paris, que terá como objetivo alcançar um acordo climático pós-2020 que permita enfrentar os danos potencialmente irreversíveis da utilização de combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural).
A meta é limitar o aquecimento global a dois graus Celsius (3.6 graus Fahrenheit) em relação aos valores pré-industriais.
O pacto a alcançar na capital francesa pelos representantes de 195 países irá comprometer a comunidade internacional a reverter as emissões de gases com efeito de estufa e a reunir a ajuda financeira necessária para apoiar os países mais pobres ameaçados por graves secas, inundações ou pela subida dos níveis do mar.
"Se existir um acordo sobre o clima, não será só um acordo sobre as normas, sobre os mecanismos, será também um acordo sobre financiamento, uma vez que muitos países emergentes ou vulneráveis pediram, e com razão, para que a sua transição energética seja apoiada financeiramente", referiu o chefe de Estado francês.
Estas declarações de Hollande são feitas alguns dias antes de uma nova ronda de negociações sobre o clima, que vão decorrer no início de setembro na cidade alemã de Bona.
Lusa/SOL