A activista pelo direito das meninas à educação, que está a estudar no Reino Unido depois de ter sido alvo de uma tentativa de homicídio no Paquistão perpetrada pelos talibãs, alcançou seis A* (a nota máxima) e quatro A (a segunda mais alta).
Matemática (em duas modalidades), Biologia, Química, Física e Estudos Religiosos foram os exames em que Malala arrasou, obtendo a melhor classificação possível.
Em História, Geografia, Língua Inglesa e Literatura Inglesa, a estudante conseguiu o A.
As notas referem-se aos exames GCSE, que precedem os exames de conclusão do secundário e de acesso ao ensino superior.
Os resultados excepcionais de Malala surgem num ano em que o número de A* e de A desceu no Reino Unido em relação ao ano anterior, noticia a BBC. Apenas 6% dos alunos conseguiu a nota máxima.
O percurso académico de Malala é especialmente notável tendo em conta os obstáculos e solicitações que enfrenta. A jovem ainda sofre algumas consequências físicas de ter sido ferida a tiro, na cabeça, aos 15 anos. E teve de recusar convites diários para conferências e entrevistas para se concentrar totalmente nos estudos. Por fim, a paquistanesa ainda se encontra na lista negra de grupos extremistas islâmicos, o que obriga a consideráveis medidas de segurança.
Malala pretende completar os estudos no Reino Unido e ingressar na Universidade de Oxford.