2. É a economia, estúpido. Ao contrário do que acontece, por exemplo, nos EUA, em Portugal não está documentada a correlação entre as flutuações dos ciclos económicos e os resultados eleitorais. A crer nas ilações do outro lado do Atlântico, mais importante do que os níveis do produto ou do desemprego é o ‘sinal’ da sua variação. Se isto for verdade também para Portugal, a economia vai ajudar o Governo nas eleições que se avizinham. Mesmo que o produto ainda não tenha recuperado para os valores pré-crise e o desemprego ainda esteja historicamente alto, a actividade económica está de novo a crescer a uma taxa saudável (1,5% em termos homólogos pelo segundo trimestre consecutivo) e a taxa de desemprego baixou dois pontos, situando-se agora abaixo dos 12%. Mais importante, a crer no crescimento do crédito ao consumo (acima dos 20% em Junho) e nas vendas de automóveis, este optimismo parece ter chegado aos bolsos dos consumidores. A recuperação pode estar ainda presa por arames mas, do ponto de vista eleitoral, apenas precisa de se aguentar mais umas seis semanas.
Estados de Alma
1. Ensino do inglês. Em 2005 aplaudi a decisão do Governo de José Sócrates de tornar obrigatório o ensino do inglês no primeiro ciclo do ensino básico. Vejo com tristeza o fim dessa obrigatoriedade, determinada por um despacho de Julho em que o Ministro da Educação “deu liberdade às escolas para que, no âmbito da…