Estados de Alma

1. Ensino do inglês. Em 2005 aplaudi a decisão do Governo de José Sócrates de tornar obrigatório o ensino do inglês no primeiro ciclo do ensino básico. Vejo com tristeza o fim dessa obrigatoriedade, determinada por um despacho de Julho em que o Ministro da Educação “deu liberdade às escolas para que, no âmbito da…

2. É a economia, estúpido. Ao contrário do que acontece, por exemplo, nos EUA, em Portugal não está documentada a correlação entre as flutuações dos ciclos económicos e os resultados eleitorais. A crer nas ilações do outro lado do Atlântico, mais importante do que os níveis do produto ou do desemprego é o ‘sinal’ da sua variação. Se isto for verdade também para Portugal, a economia vai ajudar o Governo nas eleições que se avizinham. Mesmo que o produto ainda não tenha recuperado para os valores pré-crise e o desemprego ainda esteja historicamente alto, a actividade económica está de novo a crescer a uma taxa saudável (1,5% em termos homólogos pelo segundo trimestre consecutivo) e a taxa de desemprego baixou dois pontos, situando-se agora abaixo dos 12%. Mais importante, a crer no crescimento do crédito ao consumo (acima dos 20% em Junho) e nas vendas de automóveis, este optimismo parece ter chegado aos bolsos dos consumidores. A recuperação pode estar ainda presa por arames mas, do ponto de vista eleitoral, apenas precisa de se aguentar mais umas seis semanas.