Segundo a Deco, entre os 89 pneus usados que foram adquiridos para realizar o estudo, “50 não deveriam ter sido vendidos por apresentarem falhas que punham em causa a segurança dos ocupantes da viatura”. Por exemplo, “18 revelaram menos de 1,6 mm de profundidade de piso (o mínimo legal), 17 tinham mais de 10 anos, 11 eram pneus de inverno e cinco exibiam remendos laterais ou rasgões”. A Deco conclui, assim, que “a compra de pneus usados é um risco”, pois “o consumidor não sabe o que compra”.
Os resultados do estudo e a falta de directrizes no sector são tão preocupantes que a Deco exige a criação de regras para a área, “à semelhança do que já existe, por exemplo, no Reino Unido”. Entre as medidas a serem adoptadas – que já foram pedidas pela Deco à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) – destacam-se a fixação de “padrões mínimos de segurança para os comerciantes de pneus usados” e a sua fiscalização através de “testes não destrutivos, como insuflagem à pressão máxima e verificação do estado geral do pneu”, e a proibição de venda de pneus “com mais de 10 anos”.