Num comunicado enviado agora ao SOL pode ler-se que são os trabalhadores do banco que estão a sofrer com a “fúria e ira” dos lesados, enquanto “os principais responsáveis por esta situação passam os seus dias tranquilos a acompanhar as notícias e a endossar as responsabilidades a terceiros”.
“Em Portugal, talvez por uma tradicional lei popular que diz, quando é para responsabilizar ou culpabilizar alguém sobre algum assunto, a culpa é sempre do mais pequeno. Mas os trabalhadores do Novo Banco não são pequenos, são sim brilhantes profissionais, idóneos e com caráter, são uns autênticos heróis”, afirmam.
A comissão de trabalhadores aponta mais uma vez o dedo ao “Governo, ao governador do Banco Portugal, ao Fundo de Resolução e ao Banco Central Europeu”, justificando que estes agentes estão “a permitir a contínua descredibilização de uma instituição e do seu bem mais precioso que são os seus trabalhadores”
Mas as críticas ao Banco de Portugal não se ficam por aqui: “É igualmente lamentável a sobranceria do Governador do Banco de Portugal em continuar a não querer receber a Comissão Nacional de Trabalhadores, legítima representante de todos os trabalhadores do Novo Banco, apesar dos pedidos de audiência já solicitados em Junho e Agosto.”
No comunicado intitulado “É tempo de dizer basta!! Já chega de manipulação e mentiras”, a comissão elenca todos os que considera serem responsáveis pelos problemas actuais do Novo Banco, lamentando até a “morosidade das autoridades máximas do país”. Em nenhuma parte do documento é feita qualquer referência à antiga administração do Banco Espírito Santo.
*com I.M.