António Arnaut, considerado o "pai" do Serviço Nacional de Saúde (SNS), constatou que esta expressão "precisa de ser explicitada, porque está registada como pertencente ao Partido Comunista Português".
No entanto, a seu ver, se a próxima "maioria democrática e socialista formar Governo" e se tomar medidas "no sentido de reduzir as desigualdades e injustiças sociais", será uma maioria patriótica e de esquerda.
"Aliviar a dor a quem sofre, criar postos de trabalho para os desempregados, garantir a acessibilidade de todos ao Serviço Nacional de Saúde, reforçar a escola pública – qualquer uma dessas medidas é uma medida patriótica e de esquerda", sublinhou o mandatário nacional da candidatura do PS.
António Arnaut, que falava numa reunião do secretário-geral do PS, António Costa, com os candidatos a deputados a nível nacional, dirigiu-se ao líder socialista para pedir que "a liberdade de escolha na saúde se chame Serviço Nacional de Saúde".
De acordo com o histórico do PS, "a liberdade na saúde é o acesso em tempo útil a um médico e ser tratado com a dignidade que merece", considerando uma cilada afirmar-se que a liberdade de escolha é entre o SNS e o privado.
"O SNS é sustentável, porque se não for sustentável, então a democracia não é sustentável", frisou António Arnaut, defendendo que todo o Estado Social "é sustentável".
Lusa/SOL