Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), disse à agência Lusa que a paralisação foi ratificada por 96% dos trabalhadores que participaram esta tarde num plenário realizado em Lisboa.
"Depois dos contactos que fizemos esta semana com os trabalhadores e da elevada participação no plenário acredito que esta greve terá uma forte adesão", disse.
Segundo o sindicalista, a greve deverá afetar a assistência em terra nos aeroportos portugueses, apesar dos serviços mínimos que foram definidos, o que deverá levar ao cancelamento e ao atraso nos voos, sobretudo no Porto, onde todos os trabalhadores são efetivos.
A ANA – Aeroportos de Portugal alertou hoje para a possibilidade de o tráfego aéreo "sofrer algum constrangimento" no fim de semana devido à greve da Groundforce e aconselhou os passageiros a fazer o seu check in através da internet.
Os trabalhadores da SPdH – Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e dos salários e o fim da precariedade laboral.
Fernando Henriques salientou "o uso e abuso de horários penalizadores, a utilização abusiva de trocas de horário e a proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários e falsos prestadores de serviços".
A empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo é detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos.
Os trabalhadores da Groundforce estiveram em greve do dia 31 de julho.
Segundo o SITAVA, a greve deste fim de semana abrange também os trabalhadores das cinco empresas de trabalho temporário que prestam serviço de handling – Adecco, Cross Staff, Multitempo, Inflight Solutions e RH Mais.
Lusa/SOL