Segundo os especialistas do Instituto Nacional de Envelhecimento norte-americano (NIH, na sigla em inglês), cada unidade adicionada ao Índice de Massa Corporal (IMC, quociente entre o peso e o quadrado da altura) neste período conhecido como a meia-idade pode antecipar o surgimento da doença neurodegenerativa em seis a sete meses.
Estudos anteriores já tinham indicado que alterações no estilo de vida, como uma melhor dieta alimentar e a prática de exercício regular, podiam retardar o aparecimento de Alzheimer.
Os investigadores do NIH reuniram dados sobre um grupo de 1.394 doentes cognitivamente normais que realizou testes neuropsicológicos a cada dois anos durante uma média de 14 anos.
Dentro deste grupo, 142 pessoas desenvolveram a doença neurodegenerativa. Destas pessoas, aquelas com o maior IMC aos 50 anos foram as que desenvolveram mais rapidamente os sintomas de Alzheimer.
Os cientistas descobriram ainda que a obesidade na meia-idade também está associada a danos neurológicos no cérebro relacionados com a doença de Alzheimer.
"Estes resultados são importantes porque acrescentam uma quantidade significativa de conhecimento sobre a relação entre a obesidade e a doença de Alzheimer, mas acima de tudo indica que a manutenção de um IMC saudável a partir da meia-idade pode contribuir para a produção de um efeito protetor", disse Madhay Thambisetty, principal autor do estudo.
Segundo o cientista, são agora necessários novos estudos, com um maior número de pacientes, que consigam determinar o IMC específico a partir do qual existe um elevado risco de manifestações precoces de Alhzeimer.
Os autores do estudo precisaram que os resultados estatísticos desta investigação não aprofundam os mecanismos associados ao excesso de peso e a obesidade que influenciam o surgimento da doença neurodegenerativa.
Lusa/SOL