"Neste momento, no território da Sérvia temos, em quatro pontos diferentes, cerca de 7.800 migrantes", disse o chefe do Governo sérvio, citado pelo diário sérvio Blic.
O governante referiu ainda que entraram no território sérvio cerca de 115 mil migrantes desde o início o ano.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) calcula que nos últimos dias três mil pessoas têm entrado diariamente na Sérvia, fugindo de países em conflito como a Síria, Iraque e Afeganistão.
"Neste momento, na Sérvia entram diariamente 3.000 refugiados", disse a chefe do departamento de proteção jurídica de refugiados do ACNUR Sérvia, Anne-Birgitte Krum-Hansen, citada pela agência noticiosa sérvia Tanjug.
Segundo a representante, este afluxo de requerentes de asilo "provavelmente irá continuar ou poderá até aumentar".
Estes dados refletem o aumento progressivo do número de pessoas que percorrem esta rota designada como a "rota dos Balcãs".
Em maio, a entrada diária de migrantes na Sérvia rondava os 200, valores que aumentaram para 1.000 em junho e para 2.000 no mês seguinte.
Anne-Birgitte Krum-Hansen precisou que o ACNUR tem fornecido água potável, medicamentos e produtos de higiene e sanitários, meios que são distribuídos no terreno pela Cruz Vermelha sérvia e outras organizações.
A agência das Nações Unidas também tem fornecido computadores, mobiliário e equipamentos para os centros de receção dos migrantes.
"O valor total da ajuda do ACNUR ao Governo sérvio atingiu um milhão de euros, e neste momento estamos a trabalhar para conseguir cinco milhões de euros adicionais", referiu a mesma representante.
Na "rota dos Balcãs", os migrantes passam pela Grécia, Macedónia e Sérvia, antes de entrar na Hungria, o primeiro país da União Europeia (UE) onde chegam e a partir do qual desejam prosseguir viagem para países como a Alemanha ou Suécia.
O primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vucic, vai visitar na quinta-feira, juntamente com a ministra da Integração Europeia da região alemã da Baviera Beata Merk, os centros de acolhimento de refugiados em Kanjiza e Subotica, no norte da Sérvia.
Lusa/SOL