Em comunicado hoje divulgado, o regulador dos mercados financeiros afirmou ainda que, depois de recebida essa informação, "todos os clientes terão a possibilidade de tomar uma decisão, incluindo a de reformular a sua decisão original", sendo que para isso deverão informar o Novo Banco até ao dia 18 de setembro.
O Novo Banco fez em julho uma proposta aos clientes não residentes que subscreveram séries comerciais sobre ações preferenciais comercializadas pelo BES para que venham a receber o capital investido, de forma faseada.
Os emigrantes têm reclamado o dinheiro investido, afirmando que se sentem lesados porque sempre quiseram aplicar as poupanças em depósitos a prazo (com capital e juro garantidos) e que foram os gestores do BES que aplicaram o dinheiro em ações preferenciais, sem o seu conhecimento.
A solução comercial proposta agora pelo Novo Banco prevê a assinatura prévia dos clientes para que o Novo Banco e o Credit Suisse possam anular os veículos financeiros. Só depois será possível avançar com a proposta que garante pelo menos 60% do capital investido, e liquidez se essa for a opção, assim como um depósito anual crescente a seis anos, que prevê recuperar no mínimo 90% do capital investido.
Segundo a informação dada pelo Novo Banco, até quarta-feira da semana passada mais de 50% dos emigrantes aceitaram a proposta, o que corresponde a mais de 3.500 dos 7.000 clientes. Ao total dos clientes em causa correspondem aplicações no valor global de 720 milhões de euros.
A Lusa pediu informação mais recente ao Novo Banco sobre o nível de adesão, mas até ao momento não obteve resposta.
Lusa/SOL