“Criaremos um fundo de cerca de dois milhões de euros para dar as respostas básicas e fundamentais à crise humanitária, que utilizaremos em articulação com instituições como a Santa Casa da Misericórdia”, o Conselho Português para os Refugiados (CPR) ou a Cruz Vermelha (CVP), anunciou na segunda-feira o presidente da câmara da capital, Fernando Medina. Este montante permitirá acolher 750 refugiados.
Várias outras autarquias querem acolher estes migrantes. Em Olhão, a câmara disponibilizou um terreno para criar um centro de refugiados e em Vila Velha de Rodão a intenção é garantir alojamento, alimentação e integração no concelho de, pelo menos, três famílias. Em Penela, espera-se já no dia 11 a chegada dos primeiros refugiados e na Madeira, o Governo Regional diz estar disponível para receber parte dos migrantes que entrarem no país.
Para gerir todas estas ofertas foi criada por várias organizações da sociedade civil a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), da qual fazem parte o CPR ou CV, mas também a Caritas Portuguesa ou o Instituto Padre António Vieira. “As manifestações de generosidade da sociedade são um bom sinal, agora é preciso organizar a generosidade, torná-la eficaz”, explicou à Lusa Rui Marques, um dos mentores da PAR, que hoje começa a preparar este acolhimento no terreno.
Portugal comunicou em julho à União Europeia que tem capacidade para receber 1.500 refugiados, mas na quarta-feira o ministro adjunto Miguel Poaires Maduro veio garantir que o país “tem disponibilidade para acolher mais” e anunciou que foi criado um grupo de coordenação a nível nacional para enfrentar esta crise.