Inquiridos sobre o assunto, a Presidência francesa e os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa franceses escusaram-se a confirmar.
O Eliseu limitou-se a indicar que o Presidente falará na segunda-feira sobre esta matéria, na sua conferência de imprensa semestral.
A opção de intervir militarmente na Síria foi um dos assuntos abordados na sexta-feira num conselho de Defesa no palácio do Eliseu.
"O êxodo acelerado dos sírios, o fracasso da coligação (liderada pelos Estados Unidos) em fazer recuar o EI no Iraque, ou ainda o potencial reforço da presença militar russa no terreno estão a fazer mudar a posição francesa", lê-se no jornal francês.
A França está a participar com aviões na coligação dirigida há mais de um ano pelos Estados Unidos, que atua no Iraque contra o EI. Paris recusa-se, em contrapartida, a tomar parte nas ações da mesma coligação na Síria, considerando que tal poderá servir os interesses do Presidente sírio, Bashar al-Assad, que Paris detesta.
"A nossa linha não mudou e não está em causa participarmos na coligação que atua na Síria", disse hoje um responsável francês que solicitou o anonimato à agência de notícias francesa AFP.
No entanto, a França admite passar a participar nessas operações militares na Síria "por questões de segurança interna" e "em total independência", indicaram à AFP responsáveis franceses, a coberto do anonimato.
A França foi este ano alvo de vários atentados e tentativas de atentados em nome do Estado Islâmico.
Para Paris, a prioridade continua a ser encontrar uma alternativa política credível ao regime sírio instalado e associar todas as partes envolvidas na resolução do conflito, à exceção do Presidente sírio, segundo os mesmos responsáveis.
Lusa/SOL