O relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) foi divulgado hoje na 14.ª edição do Congresso Florestal Mundial, que decorre até sexta-feira na vila portuária de Durban, nordeste da África do Sul.
De acordo com o documento, a superfície florestal diminuiu de 3,1% num quarto de século, passando de 4,128 mil milhões para 3,999 mil milhões de hectares em todo o mundo, uma perda de 129 milhões de hectares.
O ritmo das mudanças abrandou em mais de 50% entre 1990 e 2015: a taxa anual de perda líquida de florestas – que tem em conta a plantação de novas florestas – aumentou de 0,18% nos anos 1990 para 0,08% nos últimos cinco anos.
As principais perdas ocorreram nos trópicos, particularmente na América do Sul e África, embora a taxa nestas regiões tenha diminuído substancialmente nos últimos cinco anos, segundo o relatório.
"A área de florestas naturais irá provavelmente continuar a diminuir, especialmente nos trópicos, principalmente por causa da compensação agrícola", salientou a FAO.
No entanto, "por causa da crescente procura por produtos florestais e serviços ambientais, a área de florestas plantadas deve continuar a aumentar nos próximos anos", indica a FAO no documento.
A evolução geral observada é "positiva, com muitos ganhos expressivos em todas as regiões do mundo, inclusive em florestas tropicais-chave da América do Sul e África", disse o diretor-geral da FAO, José Grazziano da Silva.
"No entanto, esta tendência positiva deve ser consolidada", advertiu.
Lusa/SOL